Wikipedia

Resultados da pesquisa

Digite uma só palavra no espaço em branco abaixo

sexta-feira, agosto 13, 2021

VICENTE CELESTINO - CINZAS - SÉRIE RELÍQUIAS - acervo de PEDRO LECUONA

Cinzas Álgida saudade me maltrata Desta ingrata Que não me sai do pensamento Cesse o meu tormento Tréguas à minha dor Ressaibos do meu triste amor Atro é o meu grande martírio Das sevícias Tenho n'alma a cicatriz Deus, tem compaixão deste infeliz Mata meus ais Por que sofrer assim Se ela não volta mais Desse pobre amor que um dia floresceu Como todo amor que é sem vigor, morreu Ai, mas eu não posso esquecê-la, não A saudade é enorme no meu coração Versos que a pujança deste amor cantei Lira do poeta que a sonhar vibrei Cinzas, tudo cinzas eu vejo enfim Esta saudade enorme que reside em mim Oh, por quem sofri, por quem chorei A ninguém direi Não quero lembrar, dessa ingrata que sorriu do pranto Que me fez chorar E as pobres flores, e os botões De laranjeira que viviam ornar teu véu Minha alma os foi Depor no céu Morto ao dissabor do esquecimento Num momento ebanizado da paixão Está um coração que muitas dores padeceu Um pobre coração que é o meu Dentre de minha alma que se aflige tem Uma esfinge emoldurando muitas fráguas Deus, por que razão que as minhas mágoas A minha dor Não fogem de minha alma Como fugiu o amor

Nenhum comentário:

Postar um comentário