O AÇOITE
Charles Fonseca
dias mêses anos décadas
em mim agiu como déspota
ficou na minha alma um furinho
com ele qual távola redonda
cavalheiro cavalgo a paixão
cavaleiro da ilusão
puz tua imagem em redoma
por sobre o oratório das noites
vazias qual num sacrário
resta a mim um vate vário
versejar o vento assobia em açoite