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terça-feira, julho 25, 2023

O RELÓGIO. Charles Fonseca

deixo com minha mulher meu relógio 

não daqueles de corda é de pilha 

pra ser entregue após minha ida

a quem tenho saudade e choro


apenas como lembrança uma joia 

sem grande valor registrou o tempo

em que de saudade o pensamento

me fez insone por sua memória 


foi o meu amor primeiro

que antecedeu outro a seguir

e os meus dos seus por vir

assim que me vá por derradeiro


sábado, janeiro 29, 2022

O RELÓGIO. Charles Fonseca

 

O RELÓGIO 
Charles Fonseca 

ainda plangem sinos do relógio 
antigo mil quatrocentos e dez 
marcam cadentes alegria e revés 
blim blão 'té necrológio 

também muitos casamentos 
comemoram até batismos 
fico a pensar quantos risos 
também lágrimas ao relento 

lento pra quem a correr da morte 
em casa no quarto no sótão 
para mim de todo órfão 
do maior amor o dos pais, triste sorte

quinta-feira, outubro 25, 2018

O RELÓGIO. Charles Fonseca. Poesia.

O RELÓGIO
Charles Fonseca

Vês o relógio doirado
que te deixo por lembrança
desde os tempos tu criança?
a ti foi predestinado.

Nele contei as horas
desde a aurora da vida
à adolescência sentida
nos primórdios inda agora

Registra segundos minutos
saudades de ti, tua irmã,
dos netos e eu no afã
no meu tempo diminuto

Não mais parede relógio
tampouco daqueles de bolso
menos ainda com esforço
deixo pra ti analógico

Neste mundo digital
serve decoração
é dado de coração
adeus, encerro afinal.