Um sonho daquele homem que financeiramente não teve grande sucesso. Resolveu plantar mamona, mandioca, aipim, melancia, quiabo e giló. Fez uma cerca de arame farpado com caule dos arbustos da caatinga. Era pouco. Cortou pés de aroeira e os roletou em pedaços da sua altura. De vão em vão os enfincou na terra seca na espera da próxima chuva. Vi que em cada rolete brotavam galhos. Novas árvores frondosas viriam a sombrear a caatinga e concorrer com os mandacarus e periquitos entre abril e dezembro quando não chovia. Todo o mato secava. Era esperar o tempo das águas. Não esperou ver as aroeiras frondosas. Como nunca tinha contribuído para a previdência social vendeu a propriedade e pagou todo o atrasado. Aposentou-se. Era o meu pai. A minha saudade nunca parou. O mais provável é que a veja dos altos céus onde tudo é belo. A não ser que arranje uma carona de pessoa amiga que me leve até lá só pra ver de relance. Pouco provável. Ou alugue um carro com motorista que me leve a ver a Fazenda Mansão em Pé do Morro/Maracás/Bahia. E moro em Cabo Frio/RJ. E morro de saudade.
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quinta-feira, maio 16, 2024
PÉ DO MORRO
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