MISTÉRIOS
Charles Fonseca
Tempos, brumas, fantasmas, musas,
Nessa ordem as apresento
São tantas que já não penso
Noutras mais almas confusas
Tempos que aos poucos beiram bordas
Outros que vêm do fundo das eras
Também aqueles sumidos nas trevas
Outros chegando uns indo embora
Brumas turvas do eu profundo
Outras claras chega o amanhã
As há de agora que são vãs
Névoas mentiras do meu mundo
Fantasmas que me arreliam
Nos outros dão ar de enfado
Em mim saltitam calados
Não morrem só me desafiam
Musas que no tempo se foram
Outras que a mim se apresentam
Fantasmas são que a mim tentam
Chegam, reluzem, não douram.
terça-feira, fevereiro 19, 2013
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Poesia
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