Adeus, adeus, adeus
Adeus
Adeus, adeus, adeus
Cinco letras que choram
Num soluço de dor
Adeus, adeus, adeus
É como o fim de uma estrada
Cortando a encruzilhada
Ponto final de um romance de amor
Adeus
Adeus, adeus, adeus
Cinco letras que choram
Num soluço de dor
Adeus, adeus, adeus
É como o fim de uma estrada
Cortando a encruzilhada
Ponto final de um romance de amor
Quem parte tem os olhos rasos d'água
Sentindo a grande mágoa
Por se despedir de alguém
Quem fica, também fica chorando
Com um lenço acenando
Querendo partir também
Adeus, adeus, adeus
Adeus, adeus, adeus
Sentindo a grande mágoa
Por se despedir de alguém
Quem fica, também fica chorando
Com um lenço acenando
Querendo partir também
Adeus, adeus, adeus
Adeus, adeus, adeus
O ESPELHO
Jorge Luiz Borges
História da Noite
trad. Josely Vianna Baptista
Quando menino, eu temia que o espelho
Me mostrasse outro rosto ou uma cega
Máscara impessoal que ocultaria
Algo na certa atroz. Temi também
Que o silencioso tempo do espelho
Se desviasse do curso cotidiano
Dos horários do homem e hospedasse
Em seu vago extremo imaginário
Seres e formas e matizes novos.
(Não disse isso a ninguém, menino tímido.)
Agora temo que o espelho encerre
O verdadeiro rosto de minha alma,
Lastimada de sombras e de culpas,
O que Deus vê e talvez vejam os homens.
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