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quarta-feira, abril 21, 2010

CRONICA

Na cidade do Salvador da Bahia

Vim de Salvador recentemente, onde passei dois dias revendo amores consangüíneos. Mas tive que ir ao Departamento de Transito receber documento de meu carro. Impávido, de bermuda comprida da moda precisei conversar com a Diretora de Veículos. Na portaria, a barreira. Só podia entrar se estivesse vestido de calça. De bermuda, não. Fui a uma obra de construção vizinha e pedi emprestado a um operário uma calça velha, bege, desbotada, rasgada. Vesti sobre a bermuda. Perante a Diretora pedi desculpas por entrar em andrajos. Meu celular toca. A minha amada. Mais uma vez pedi desculpas à Diretora, dei-lhe as costas, abri a braguilha da calça e da bermuda tirei o telefone celular impertinente a me chamar. Rapidamente desliguei e de soslaio olhei para a Diretora que compreensivamente me esperou fechar o acesso aos meus documentos pudendos. Eu que nunca havia usada na jovem guarda uma calça velha azul e desbotada, já na velha guarda o fiz. Só que em tom bege, a calça dura de cimento e suor do operário na sua labuta. Suei. E viva a Bahia.

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