Pesquisar este blog

segunda-feira, março 17, 2008

Carta a um amigo. Charles Fonseca

CARTA A UM AMIGO
Estou feliz em saber que você está ao nosso lado e que podemos contar com gestos de amor tais como dizer “o sorriso de meu filho” e “o amor de minha mulher que por muito tempo pretendo ter”. Quantos não podem exclamar o que a você foi dado, o privilégio de se exprimir desse seu modo ao mundo! Que em vida perderam esses dons ou lhes foram arrancados! Que navegam ao porto que lhe é remanso e se tornam náufragos! Talvez seu evento relatado sirva para você re-significar quanto valor há na comunicação intersubjetiva cuja riqueza os objetos não trazem. Talvez ao agressor tenha faltado essas benesses que independem do dinheiro mas de um lar em que a mãe aponta ao filho o pai, provedor e símbolo da justa lei. De um pai ou mãe que não tiveram a infância feliz e que deixou suas marcas não devidamente trabalhadas e superadas e cujos filhos lhes são vítimas. Em que faltou o beijo e o abraço mútuo e cuja perspectiva como pais é o asilo dos esquecidos! Sua família é o seu porto seguro. Da sua dor aflorou o poeta.
Abraços,
Charles Fonseca

Nenhum comentário:

Postar um comentário