Ergui minha casa na noite
sem muros
Ao longe o rio da infância
e seu eterno murmúrio
Cultivei jardins rebeldes
amantes da água e do vento
e neles passeio os olhos
quando estou sedenta.
Ergui minha casa na noite
de translúcidas janelas
Ao longe a cidade ecoa
uma canção que é só dela.
No alto a solidão
enluarando tudo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário