No quadrilátero do arrozal,
verde-aquarela,
cortam-se em ângulos retos
canais azuis de água polida.
No ar de alumínio,
as libélulas verdes vão espetando
joias faiscantes, broches de jade,
duplas cruzetas, lindos brinquedos,
nos alfinetes de sol.
Pairam suspensas, em voo de caça,
horizontal,
e jogam, a golpes da tela metálica
das asas nervadas, reflexos de raios,
que hipnotizam as muriçocas tontas...
A libelinha pousa na ponta
do estilete de uma haste verde,
que faz arco (pronto!...)
e a leva direta à boca,
aberta e visguenta, de um sapo cinzento..,
— Glu!... Muitas bolhas na escuma...
E as outras aeroplanam, assestando
para o submersível,
os grandes olhos redondos,
com quarenta mil lentes facetadas...
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