sábado, janeiro 18, 2025

A FONTE CRISTALINA

Uma locomotiva na empresa. Uma gaivota ali voava. Onde ia o público interno se achegava. E era só chefe de setor. Fez um concurso público para vigilantes. Apareceram 800 candidatos. Fez uma reunião com eles em praça pública no antigo Shopping Center Iguatemi em Salvador. A massa inquieta. Um rumorejo de insatisfação com algo que não sei detalhar. Subiu num lugar elevado, seria um caixote de madeira se me permite a licença poética. Não havia microfone. Não havia ainda a Internet. E a plenos e talvez frágeis pulmões ameaçou suspender o concurso caso não seguissem o que constava do Edital publicado em jornal. Três vigilantes da empresa lhe davam aquela proteção. 

Passou a ser chefe do setor de pessoal após um golpe no antigo chefe do órgão ainda não explicado. O chefe da divisão de relações industriais, vindo das brenhas para rimar o seu nome, a chamou e determinou a promoção de alguém em cinco níveis de uma só vez. Ela pediu a ordem por escrito. Que não dava que cumprisse o que lhe foi determinado em ordem verbal. Não faço foi a resposta. E de imediato pediu, por assim dizer, a demissão do cargo. Até aqui soube do fato por fonte cristalina. Esta é a mãe de meus filhos.

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