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No colo de Deus, do Pai do Céu, eu descanso… como no colo do meu Pai Ataíde, quando tive uma ferida no pé, e ele me levava no colo, subindo uma ladeira imensa até o hospital, pra fazerem o curativo.
*No colo de Deus eu descanso, sentindo o amor de meu pai Ataíde, me acompanhando lá nos fundos, no isolamento de um hospital, quando com 9 anos de idade, eu contraí febre tifoide.
*Eu me sinto no colo de Deus, quando lembro de meu pai Ataíde me ninando no colo, de frente para um rádio enorme de válvulas, e eu ouvia o fundo musical da Hora do Brasil, mesmo com toda descarga de um aparelho de rádio antiiigo, como se fosse uma cantiga de ninar… e eu adormecia sossegada.
*No colo de Deus eu me sinto amparada, lembrando que fui disciplinada por meu pai Ataíde, no dia em que eu quebrei um gato de gesso (ornamento), me poupando de minha mãe que ia chegar cansada, nervosa, e ia me bater de verdade. “Pode deixar, eu já bati nela”. Benditas chineladas!…
Dulce Edry Fonseca Moura de Almeida
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