Naqueles ermos de Maracás a chuva parava na serra. Abaixo só a secura da terra; verde só mandacarú não mais. À excessão do umbuzeiro e dos periquitos. Ali morou dezoito anos meu pai. Para quem viveu noventa e quatro foi pouca coisa.
A terra recebeu de graça por um grande amigo dentista "prático" que vendeu a outra metade e foi embora da sede do município. Minha gratidão. Já idoso vendeu sua parte e com o dinheiro pagou o INSS coisa que nunca fizera. Sobre dez salários mínimos. Ao fim e ao cabo foram-se encolhendo seus proventos e ao termo de uma vida riquíssima em sabedoria já estava em três.
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