A CHORAR

Mãe agora é tua vez outras por vir já não sei quando desejo que venham de quando em quando não de vez. Que venham eu já maduro estes versos em despedida do que não pude dizer em tua vida tantas foram as agruras. Prevaleceu entre nós o silêncio o não dito só pensado o puro teu o mal lavado meu do palco o proscenio. Lembras-te já tendo ido de a muito voltei soturno numa noite sofrido à tua casa moribundo. Não do corpo só da alma em furos toda em esgarços tantos foram os percalços e o silêncio em noite avara. Assim começo a desfiar o cordão que a mim tolhiu de te amar nunca se viu teu primogênito chorar.