Era ainda o tempo dos mascates. Anos 50. Apareceu na igreja que minha família frequentava. Loquaz irmã pra lá irmão pra cá minha mãe o convidou a almoçar em nossa casa. Semana seguinte ele se convidou a almoçar de novo. Daí conseguiu que meus pais o hospedassem no final de semana seguinte. E o referido começou a aparecer a cada final de semana. Um estranho no ninho. Num destes minha mãe à vista de todos em pleno almoço doméstico dominical o desconvidou a não mais voltar à nossa casa. Que procurasse onde ficar. Nunca mais vimos o nosso mascate. Acabou a amizade. Onde ele foi parar? Que fim levou? Mistério. Lição de vida de nossa educação doméstica.
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