Estimado senhor Sosígenes,
eu ontem estive em Belmonte onde
Me disse o povo de lá que ali
morava a sereia. Em noite de lua
clara sempre vinha te escutar
quando a lira ardente tocavas.
Vi na manhã animada
tua luz sonora nas galhas
e na tarde, caro artesão da cor,
a emoção verde na algazarra.
Aquele papo do sol que se acurva
polvilhando as nuvens cor-de-rosa.
Mais lindo foi ver em teu joelho
pousado aquele pavão vermelho
entre suspiros e lampejos
reacendendo versos de amor.
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