DESCORTINO
Charles Fonseca
Tenho os pés no chão
a argila me constitui ente
o sopro divino docemente
me fez alma não em vão
mas posso como vaso de cristal
ser posto ao chão em estraçalho
como o fui já no passado
estou remendado e afinal
quem não o foi pergunto eu
quem não será é o destino
lamento ser este o adeus
ao ser perfeito, descortino
Nenhum comentário:
Postar um comentário