QUANDO O POETA DORME
Charles FonsecaQuando o poeta dorme
Acordam restos diurnos
Em sonhos um tanto confusos
Desejos pequenos enormes.
Quando o poeta dorme
Dorme também sua fome
Mordem desejos de homem
Pede que a amada acorde
Quando o poeta acorda
Todo o sonho está desfeito
Em cinzas o fogo do leito
O cobrem, fecham-se portas.
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