domingo, julho 18, 2021

O PORTO. Charles Fonseca

O PORTO

Charles Fonseca 

um beijo jogado no ar
como será o seu gosto
pergunto e isto posto
ponho a sós devanear

deve ser sabor de mel
um gostinho de pimenta
cravo e canela quem aguenta
não sonhar perto do céu 

mulher, sabes que o querer
precisa de suculencias
sabes que a mim excelências 
não me deixes sempre a ver

navios bandeira ao longe
eu na solidão beira cais
volta atraca no cais
em ais logo é onde

pode ser qualquer recanto
a beira um bote espera 
qual maré balança vera
em ti aporto remanso 


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