terça-feira, março 09, 2021

NOMES. Charles Fonseca. Poesia

 

NOMES 
Charles Fonseca 

ao som da vitrola 
ninguém me ama ninguém me quer 
da face rola uma lágrima mulher 
a concorrente feliz sorria 
cara ou coroa que agonia 
uma doce outra bandida 
uma era Norma a outra Maria 
sem sobrenome anos sessenta 
agora aos setenta e seis 
dou o nome de uma já um ser 
da outra nem um abraço 
uma passo em falso 
a outra só resta o morrer

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