quarta-feira, março 10, 2021

A LÂMINA. Déborah de Paula Souza. Poesia

 

Déborah de Paula Souza

 


A LÂMINA

Tonta com o vinho
das tuas palavras
tantra sob a lâmina
das tuas ciladas
morta de dar risadas
brilho como falsa jóia
— e tão cálida —
zonza entre tuas mãos e tuas facas
santa com perfume de dálias
sem sutiã, sem rumo, sem sandálias
criança pequena brincando com navalhas

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