Déborah de Paula Souza |
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A LÂMINA
Tonta com o vinho
das tuas palavras
tantra sob a lâmina
das tuas ciladas
morta de dar risadas
brilho como falsa jóia
— e tão cálida —
zonza entre tuas mãos e tuas facas
santa com perfume de dálias
sem sutiã, sem rumo, sem sandálias
criança pequena brincando com navalhas
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