REMISSÃO
Charles Fonseca
então se foi deixando marcas
expulso daquele lugar comum
como um qualquer, saudade, farpas
o peito ferido foice em só um,
em que construiu falso palácio
onde um sonho se renovou
já tão molhado à chuva foi
pelo deserto, foi passo em falso
aquele primeiro, foi teimosia,
já o segundo foi remissão
não era a hora não foi em vão
e no entanto foi de agonia
agora ao fim teve um sentido
pra todos um sofrimento
foi duro, irmão, um passamento
fim da jornada, tudo remido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário