A TÊMPERA
Charles Fonseca
aviso a todas as bruxas
montei meu cavalo de pau
a galope sideral
ah, vassoura, vara estulta
galopo meu alazão
seguro à crina em pelo
nova vida em desvelo
sem a brida, nos desvãos
desta vida tão efêmera
na outra eu vos espero
salvas, eis meu anelo
pelo perdão, a têmpera
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