sábado, novembro 21, 2020

BAÇO. Charles Fonseca. Poesia

 

BAÇO 
Charles Fonseca 

balança de dois braços 
daquelas bem antigas 
de um lado alegrias 
do outro os percalços 

é um tal de sobe e desce 
o tempo é que varia 
pra uns pouca alegria 
pra outros muita acontece 

o braço que pesa tristezas 
me tem sido mui pesado 
o cru e o mal assado 
'té as frutas são azedas 

o contrário no outro braço 
agora volto ao equilíbrio 
reluzo há novo brilho 
sem amor fui bardo baço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário