Alexei Bueno HISTÓRIA Não é minha esta casa, aí entrarei no entanto. Quebrarei o portão, marcharei entre as flores, Encherei meu pulmão com os estranhos odores Do jardim adubado a sêmen, sangue e pranto. Porei a porta abaixo, enfrentarei o espanto Dos vultos me fitando; e apesar dos bolores Envergarei sem medo os trajes de idas cores, Nas suas mãos beberei, entoarei seu canto! Com os corpos rolarei de milhões de mulheres Sem corpo. Ei-los que já me saúdam e me [ aclamam, Meus perdidos avós, desamparados seres. Estendem-me suas mãos como a um filho que os [ salva. Deles vim, mas é a mim que eles agora clamam A vida, como a um pai, um sol sonhando na alva.
quinta-feira, outubro 01, 2020
HISTÓRIA. Alexei Bueno
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