CARINHO
Charles Fonseca
que belo o teu joelho,
que sonora esta palavra,
fazer poema é uma lavra
que atiça em mim desejos
de estar com minha caneta
já de logo enrijecida
daquela da tal antiga
pena de pato, tinteiro,
a ti me dou por inteiro
a mim recebe, papel,
a mim absorve, meu mel,
goza, amor, o travesseiro
a nós espera quietinho
o edredom que a nós cubra
ereto em versos desnuda
o que há só em nós. Carinho.
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