ACALMA
Charles Fonseca
Sua alma é tão doce
o seu corpo é belíssimo
não entendo como um macho
não te quer com o teu viço
de sua boca o entorno
desenhado qual vestal
mucosa labial sugada
é doce sugo de novo
o seu busto dois biquinhos
o seu flanco sinuoso
suas costas beijo louco
borboleteio carinho
agora no seu dedão
mordisco bem de levinho
se geme chupo glutão
subo devagarinho
suas coxas são colunas
grossas eu as aperto
já estou perto, entre brumas
um perfume
pra mim já o céu aberto
esqueci que ela tem alma
agora é só um corpo
que se contorce em gozo
pré celeste. Entra, acalma.
quinta-feira, abril 02, 2020
ACALMA. Charles Fonseca. Poesia
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