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terça-feira, fevereiro 25, 2020

AFINAL. Charles Fonseca. Poesia

AFINAL
Charles Fonseca

Ao declinar o dia da vida
no amadurecer dos labores
foram-se tantos amores
quem sabe o teu um dia
que me oculta os teus
ainda virá o tempo
de não ficar ao relento
qual tu nos dias meus
em que a ti me dei tanto
depois foi tanta a torpeza
que a ti faltou a beleza
só me restou algum pranto
pintaram pra ti um quadro
de cores negras sombrio
que resisti com meu brio
faltou-te régua e compasso
agora em espiral
canto suave o adeus
cuida bem dos que são teus
são lindos, bons, afinal.

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