domingo, janeiro 05, 2020

MORTE POR ÁGUA. T.S. Eliot

MORTE POR ÁGUA
T.S. Eliot

Flebas, o Fenício, morto há quinze dias,
Esqueceu o grito das gaivotas e o marulho das vagas
E os lucros e prejuízos.
           Uma corrente submarina
Roeu-lhe os ossos em surdina. Enquanto subia e descia
Ele evocava as cenas de sua maturidade e juventude
Até que ao torvelinho sucumbiu.
               Gentio ou judeu
Ó tu que o leme giras e avistas onde o vento se origina
Considera a Flebas, que foi um dia alto e belo como tu.

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