E SOBRE O DESERTO
Iacyr Anderson Freitas
condenação primeira: carregar
os despojos desta tarde, arrastá-la
para fora do tempo,
enterrá-la onde não haja escape.
como os que buscam no alforje,
entre serpes, o alimento de seus mortos,
também ofertarei meu corpo
às figurações da chuva e do trópico,
também poderei ungir
as cartilagens nulas de seu nome.
e sobre o deserto
e sobre os despojos de tudo
o que restou da tarde em seu transporte
permanece a mesma busca,
incessante, de uma terra mais
profunda e gasta, cada dia mais distante
segunda-feira, dezembro 16, 2019
E SOBRE O DESERTO. Iacyr Anderson Freitas. Poesia.
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