FIM DA LINHA
Sônia Barros
O trem desapareceu,
nunca mais foi visto,
só o apito percorre
o trilho do ouvido,
vai e vem intermitente,
agulha a cerzir espaços,
esgarçados lodaçais
do esquecimento:
o ontem ressurgindo
no ritmo de espasmos,
luz cortando sombras
no túnel do pensamento,
ouvido inconsciente
de quem até hoje sente
e carrega uma estação
de trem por dentro.
domingo, setembro 22, 2019
FIM DA LINHA. Sônia Barros. Poesia.
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