quinta-feira, setembro 26, 2019

BECOS. Dalila Teles Veras. Poesia.

BECOS
Dalila Teles Veras

quem tem caminho reto não se mete em vereda, aconselhava-
me a mãe, o medo do sobressalto a escorrer do afeto, sem
saber que as descobertas se revelam apenas no entrecruzar do
caminho e a conquista à saída do labirinto

os becos e seus inocentes nomes de santos não atendem à
demanda de mercado, insignificantes artérias esquecidas,
deixam que a cidade cresça ao seu redor e ficam ali, pulsantes
e vingados, tênues sopros de resistência e muda contestação,
negação ao gigantismo, sedução para o não cumprimento do
conselho

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