A ANÁLIA
Manuel Bandeira
Se é doce no recente, ameno estio
Ver toucar-se a manhã de etéreas flores,
E, lambendo as areias os verdores,
Mole e queixoso deslizar-se o rio;
Se é doce no inocente desafio
Ouvirem-se os voláteis amadores,
Seus versos modulando e seus ardores
De entre os aromas de pomar sombrio;
Se é doce mares, céus, ver anilados
Pela quadra gentil, de Amor querida,
Que esperta os corações, floreia os prados,
Mais doce é ver-te de meus ais vencida,
Dar-me em teus brandos olhos desmaiados
Morte, morte de amor, melhor que a vida!
Manuel Maria Barbosa du Bocage
segunda-feira, setembro 30, 2019
A ANÁLIA. Manuel Bandeira. Poesia.
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