SONETO ESTIVAL
Ivo Barroso
Chegou verão e os fogos do solstício
acenderam corcéis no azul da tarde.
Os bois meditam verdes precipícios
de sombra, contornando o rijo mar de
bambuais sonoros. Uma cigarra arde
em desejos tardios. Adventícios
pássaros, cujo voo de bronze encarde
o céu translúcido, erguem-se no início
de novas fêmeas. Morna, nas cisternas,
a água esverdeou de ausência; e, pelos muros,
riscam lagartos de ouro a estremecer nas
locas o sonho em fio das aranhas.
Enquanto rola um sol de raios duros
como um cacto de fogo, das montanhas.
segunda-feira, agosto 26, 2019
SONETO ESTIVAL. Ivo Barroso.
Marcadores:Charles Fonseca,....Charles Fonseca,
Ivo Barroso,
Poesia
Escreva para o meu e-mail: silvafonseca@gmail.com
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário