domingo, agosto 25, 2019

OSSO. Charles Fonseca. Poesia.

OSSO
Charles Fonseca

quando a paixão já é noite
Morfeu recomeça o império
das sombras dos cemitérios
se alevantam faustos e em cores

os desejos dos grilhões
presos encarcerados
saem travestidos e alados
da cova rasa em montões

súbito, há novo gozo
tudo flores muito mel
e assim se vai o fel
preso matéria ao osso

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