segunda-feira, agosto 05, 2019

NO QUARTO ESCURO. Charles Fonseca. Poesia.

NO QUARTO ESCURO
Charles Fonseca
2006

Madrugada, quatro de julho,
Acordo ou inda sonho?
No peito bate medonho
Meu coração sem o orgulho

De ter um filho ao meu lado
Em que mundo sonha ele?
Está insone? À parede
Batem horas no assombrado

Relógio parado no tempo
O vejo criança ainda
Mas já homem ele caminha
Para bem longe, ao relento

Fica minha alma de pai
Declaro eu sem o orgulho
Madrugada, quatro de julho,
Saudade em mim não se esvai.


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