sexta-feira, junho 21, 2019

À VONTADE. Alphonsus de Guimaraens Filho. Poesia.

À VONTADE
Alphonsus de Guimaraens Filho

(trecho final)


Não seja por isto, noite.
Melhor é que desças. Com toda a tua treva.
E entre nós — embora ressabiados e feridos — até que poderás ficar à vontade.

Pois de qualquer modo há em ti um frêmito vôo informulado,
grande ave de asas cegas…

Somos teus, como sabes, todos te pertencemos, constrangidos embora.
Mas não seja por isto.
A casa é tua — como nestes domínios é hábito dizer aos amigos —
e poderás ficar à vontade.

Mário de Andrade e jovens mineiros em 1944; Mário está ao centro, em primeiro plano; ao fundo, atrás dele, Alphonsus de Guimaraens Filho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário