quarta-feira, janeiro 30, 2019

ALEGORIA. Charles Fonseca. Poesia.

ALEGORIA
Charles Fonseca

Uma árvore abre os braços
como se fosse de uma cruz
pede clemência a Jesus
eu a vi de olhos baços

como a pedir clemência
a casca já grossa carpida
nos embates antes ida
já em plena senescencia

fincada está terreno fértil
semeou levou-lhe a aragem
seus filhotes na voragem
de uma vida, não foi séssil,

plantados agora florescem
também já de si reproduzem
são os netos que sós luzem
pros avós que qual estrelas fenecem.


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