terça-feira, janeiro 01, 2019

A PRISÃO DO CAPIROTO. Charles Fonseca. Poesia.

A PRISÃO DO CAPIROTO
Charles Fonseca

Agora comigo mesmo
converso com meus botões
são tantos os meus senões
que já os conto a esmo

de mim do meu passado
do tanto que já se foi
que fico a cismar depois
o que deixei para o lado

o que voltou ao pó
antes fora um castelo
de ilusão paralelo
em pingo d'água dei nó

entre pingos passei seco
de água também por granizo
em rato pendurei guizo
mandei o diabo ao degredo

agora já que mandei
o coiso pro seu destino
fecho estes versos granfino
alçar aos céus inda hei.








Nenhum comentário:

Postar um comentário