domingo, dezembro 16, 2018

ALMANÁRQUICO. Luiz Roberto Guedes. Poesia.

ALMANÁRQUICO
Luiz Roberto Guedes

verlaine na prisão escrevia
com um palito de fósforo
molhado em café

rimbaud cultivava piolhos
e forjava brilhos homicidas
com frios olhos azuis

baudelaire tinha cabelos verdes
e nerval passeava um lagostim
pelas ruas de paris |pour épater.
c'est le style, celéstine|

edgar lúgubre poe
mallarmé enigmático
valéry lúcido
trakl drogado

o fantasmário mascarado
baila no sarau do século
e até agora te assombra
poète qualquer, mon frère





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