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segunda-feira, dezembro 17, 2018

ALADO. Charles Fonseca. Poesia.

ALADO
Charles Fonseca

Quanta poda foi restolho
adubo desperdiçado
em terreno cascalhado
teimoso fez-se renovo

água por sob a ponte
começou mal um chuvisco
rio mais do que pisco
o mar além do horizonte

o céu de estrelas qualhado
a lua a mim alumia
oásis pós agonia
oh asas, poema alado!

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