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sexta-feira, outubro 26, 2018

DA DOR. Ana Cecília de Sousa Bastos. Poesia.

DA DOR
Ana Cecília de Sousa Bastos

A dor é algo como se não fosse.
Derrapagem à beira do abismo
(aquele como se não estivesse).
Holofote sobre escura porção de sombras.
Eco à revelia do próprio eu
re-ver-be-ra-ção
por sobre o dia.
Fissura aberta minando,
ora esquecida ora sempre,
em alguma parte do corpo
como se fosse o todo.

Dasdô?
Na infância era uma prima
e seus olhos encovados.

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