" Uma ofensa é, a nível humano, imperdoável quando objetivamente há ausência da vítima, carência de pesar do ofensor (condições indispensáveis) e ausência de confissão ou de pedido de perdão. Nesse sentido o imperdoável também tem o significado de imprescritível, com um sentimento de incapacidade de apagar o que não é apagável. Por outro lado, existe uma ligação entre a recusa absoluta do perdão e a afirmação prévia de um ateísmo como categoria filosófica. O perdão meramente humano não tem o poder de penetrar o núcleo metafísico da ação cometida, no próprio fato de ter sido cometida. A inteligência à luz da Redenção aceita a existência de um perdão que supera infinitamente sua capacidade e sua análise. Como em qualquer ofensa interpessoal, a falta cometida ultrapassa a simples pessoa da vítima, a fatia inexpiada é remida universal e plenamente pela Paixão de Cristo. "
sexta-feira, agosto 24, 2018
O perdão transfigurado. Jean Lafitte
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