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quinta-feira, fevereiro 01, 2018

PAI CORUJA. Charles Fonseca. Poesia.

PAI CORUJA
Charles Fonseca

A cortina em voil
Teu berço todo alvinho
O lençol todo arminho
Eu teu pai só bacurau

De noite te corujando
De dia eu tico-tico
Não sei se vou ou se fico
Ao teu lado só ninando

Será te verei já adulta
Tu já mãe e eu avô
Não, antes eu não me vou,
Oh Deus dá-me esta ventura!

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