Pesquisar este blog

terça-feira, junho 07, 2016

O LENHO. Charles Fonseca. Poesia

O LENHO
Charles Fonseca

Pôs então ele o cravo na lapela,
Branco, e logo o rejeitou, era o sinal
De que tudo só era um ritual,
Altar das ilusões, coro a capela.

Jesus, a alegria dos homens, Bach,
Haendel, já no final com o Aleluia,
Gozo desigual, não era a hora sua,
Dos fantasmas era, a saltar por trás

Das ilusões perdidas, era o proscênio,
De noiva a brincar que era conúbio
Do noivo a sorrir, nega ele tudo,
E todos a brindar, sobre ele o lenho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário