quinta-feira, maio 19, 2016

São Tiago, 1

1.Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos da dispersão, saúde!

2.Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações,

3.sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência.

4.Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma.

5.Se alguém de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus - que a todos dá liberalmente, com simplicidade e sem recriminação - e ser-lhe-á dada.

6.Mas peça-a com fé, sem nenhuma vacilação, porque o homem que vacila assemelha-se à onda do mar, levantada pelo vento e agitada de um lado para o outro.

7.Não pense, portanto, tal homem que alcançará alguma coisa do Senhor,

8.pois é um homem irresoluto, inconstante em todo o seu proceder.

9.Mas que os irmãos humildes se gloriem de sua elevação;

10.os ricos, pelo contrário, de sua humilhação, porque passarão como a flor dos campos.

11.Desponta o sol com ardor, seca a erva, cai sua flor e perde a beleza do seu aspecto. Assim murcha também o rico em suas empresas.

12.Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam.

13.Ninguém, quando for tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém.

14.Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia.

15.A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.

16.Não vos iludais, pois, irmãos meus muito amados.

17.Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade.

18.Por sua vontade é que nos gerou pela palavra da verdade, a fim de que sejamos como que as primícias das suas criaturas.

19.Já o sabeis, meus diletíssimos irmãos: todo homem deve ser pronto para ouvir, porém tardo para falar e tardo para se irar;

20.porque a ira do homem não cumpre a justiça de Deus.

21.Rejeitai, pois, toda impureza e todo vestígio de malícia e recebei com mansidão a palavra em vós semeada, que pode salvar as vossas almas.

22.Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos.

23.Aquele que escuta a palavra sem a realizar assemelha-se a alguém que contempla num espelho a fisionomia que a natureza lhe deu:

24.contempla-se e, mal sai dali, esquece-se de como era.

25.Mas aquele que procura meditar com atenção a lei perfeita da liberdade e nela persevera - não como ouvinte que facilmente se esquece, mas como cumpridor fiel do preceito -, este será feliz no seu proceder.

26.Se alguém pensa ser piedoso, mas não refreia a sua língua e engana o seu coração, então é vã a sua religião.

27.A religião pura e sem mácula aos olhos de Deus e nosso Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e conservar-se puro da corrupção deste mundo.

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