quinta-feira, abril 14, 2016
Fiel. Charles Fonseca. Prosa
Como todos os dias passeio com o meu cão pastor pela manhã e muita vez à tarde, menos na chuva. Súbito, eu beirando o meio fio e ele, contido por guia de nylon tipo "enforcador", beirando as grades e muros das casas, indispensáveis mesmo em Floripa, entreguei o corpo ao chão, aos paralelepípedos: Freud, meu cão, se lançara num contra ataque a três cães de médio porte que, fugindo do jardim de uma casa do lado oposto, portão aberto, dentre eles um humilde Pit bull, vieram em disparada contra nós. Atordoado, cabeça doendo pelo impacto, joelho ralado, aos poucos me levantei. Tão logo me viu caído, Freud parou ao meu lado enquanto os cães latiam. Este gesto me deu coragem de dar uns pssiuuss ao que mais próximo chegava. A dona da matilha não conseguiu por em casa o Pit. Uma vizinha tecnicamente fez valer seus conhecimentos. Delicada, a referida lady se esqueceu de me perguntar como eu estava. Bem, disse à vizinha que me ofereceu ajuda, se precisasse. Voltei à minha casa a uns 300m, um tanto tonto é verdade. Logo passou. Freud provou-me lealdade. Nove meses, em plena adolescência canina. Fiel.
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