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quinta-feira, março 31, 2016

AOS POUCOS. Charles Fonseca. Poesia

AOS POUCOS
Charles Fonseca

Aos poucos, deixo de sentir saudade
Pouco a pouco meu peito se esvazia
De esperar por algo que eu não via
E só agora vejo ao fim da tarde.

Aos poucos, o olhar encandeado
Por luzes reflexas da cor do ouro
Liberto fica do que foi desdouro
Do dito, do não dito, recalcado.

Aos poucos eis que já o dia finda,
Deixo de ver o sol já no poente.
Mas tantos sóis agora reluzentes
Cintilam no meu céu, na alma minha!

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