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quarta-feira, março 30, 2016

ACARAJÉ. Charles Fonseca. Poesia

ACARAJÉ
Charles Fonseca

Do perfume tabuleiro
Cheiro a mim sobe, mulher,
Do teu sorriso matreiro
Dás um gosto pois que é

Um tanto apimentado
Mistura feijão fradinho
Azeite dendê não pouquinho
Carurú vens do quiabo

´Inda mais que tu lhe dás
Do aroma camarão
Que seco molhas ao pão
Ai, que cheiro vatapás

Do caju pões a castanha
Também leite sabor coco
Tu lhe dás pra muita chama
Amendoim em reforço.

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