Pesquisar este blog

quinta-feira, fevereiro 18, 2016

PIEDADE. Charles Fonseca. Poesia

PIEDADE
Charles Fonseca

Um dia morreu a cadela
Enterro pé de mangueira
Foi ao céu e é estrela
Foi brilhar onde está ela?

Onde ela se escondeu
Será virou um cometa
Como eu que digo em peta
Sem saudade dela eu?

Antes dela foi-se outro
Enterro beira de estrada
Como a minha empoeirada
Beira rio ao pé dum toco

Agora tenho herdade
Pra deixar, é o meu cão
Filho na desolação
Fio ele a vós, piedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário